Como
referi na mensagem anterior, ultimamente tenho lido e /ou relido
vários
livros. À
data
estava
a reler A
Misteriosa Chama da Rainha Loana,
de
Umberto
Ecco, Já
terminei. Talvez
porque dispus de mais tempo para o ler, achei-o muito mais
interessante do que na primeira vez que o li, há já mais de 10 anos.
Uma brevíssima sinopse:
Em
Milão, 1991, um alfarrabista
e livreiro perde
a memória, que
vai tentar reconstruir
com a ajuda de famíliares, amigos e conhecidos. Lentamente
vai
reconstruindo
a sua identidade a partir de objetos, livros, cadernos escolares,
revistas de
banda desenhada e
outras, anúncios publicitários antigos,
etc.
O
título
da obra foi o
autor buscá-lo
a uma de igual título. O protagonista da história, quando tentava
redescobrir-se, encontrou o livro que em jovem o marcara mas que,
na
releitura, achou
sem qualquer interesse
O livro,
repleto
de imagens
da
época,os anos 40, retrata a Itália nesse
período, o fascismo e a guerra,
mas integra também
referências de Literatura, Filosofia, História,Religião, Política,
bem
como as
lembranças de um amor de infância.
A
viagem a que o livro nos conduz, fez-me regressar também aos meus
tempos de infância e adolescência. Ns imagens que seguem coloco a par de imagens do livro, outras da minha vivência,

(É notória a semelhança entre as fardas)
Esta era a revista Lusitas, associada à MP
A propósito da Mocidade Portuguesa, ao fazer uma pesquisa na NET deparei com algo para mim, absolutamente insólito, que se passou em 2010 mas a que, na altura, não ouvi qualquer referência.Em Aveiro, crianças da escola pública vão, na véspera do dia de Portugal, vestir o traje da Mocidade Portuguesa. É reconfortante viver num País em que o desrespeito pela memória se aprende na escola.

No seu livro, Ecco refere vários livros entre os quais alguns que eu também li, em tradução portuguesa, nomeadamente "Coração" de Amicis e "Os Miserávies" de Vitor Hugo
Relativamente a "Coração" de Amicis, em criança comoveu-me imenso. Mais tarde já não gostei, talvez me tenha apercebido de uma certa ideologia que o suportava.
Quanto aos Miserávies, que herdei do meu pai (era um dos seus livros favoritos) tenho-os na aldeia, em vários volumes com uma encadernação muito bonita da Lello. Li pela primeira vez, teria os meus 15 já o reli mais que uma vez
.
Em A Misteriosa Chama da Rainha Loana,há também a referências a filmes nomeadamente musicais com Fred Astaire e Ginger Rogers,e Casablanca um dos meus filmes preferidos
https://www.youtube.com/watch?v=mxPgplMujzQ
https://www.youtube.com/watch?v=UtSPL052LbQ
Deixo propositadamente para o fim a referência a músicas, algumas das quais não consigo
ouvir sem que uma lágrima teimosa me escorra pelo rosto, nomeadamente Violino cigano e Amapola que a minha mãe cantava divinamente
Uma música referida é lili Marleen que, curiosamente, ficou ligada aos dois lados da 2ª guerra mundial. Não me lembro de a minha mãe a cantar.
Nesta pesquisa de músicas na NET surgiu-me Luar do Sertão, também cantada por Dietrich. Não é referida no livro mas não posso deixar de terminar com ela, Ouvi-a dezenas (centenas?) de vezes cantada pela minha mãe
https://www.youtube.com/watch?v=4elP-rIn1ZY
Luar do sertão
Agradeço a Umberto Ecco, particularmente À Misteriosa Chama da Rainha Loana, esta minha viagem no tempo.
Já li alguns dos livros que mencionas. Curioso que o M. adorava Os Miseráveis, que leu com oito anos no sotão da sua casa às escondidas. Contava esta história muitas vezes e sei que é verdade. Ultimamente leio pouco, ando mais activa, vou à piscina, à Foz e poucas tardes passo em casa. Os meus netos vem por cá e oiço música com eles. Cada vez gosto mais de a ouvir e vou descobrindo sempre obras novas de compositores conhecidos. Ler , leio, mas au ralenti.
ResponderEliminaras melhoras!
Antes de ter surgido este problema, nadava no Holmes, pelo menos uma vez por semana. No início do tratamento foi-me recomendo continuar a nadar até com maior frequência. Como o processo não está a ter a evolução desejada, agora mandam-me repousar o mais possível.
ResponderEliminarO pior disto é precisamente esta limitação. Vou fazer outros exames para investigarem se haverá algo mais para além da bursite.
Felizmente sou otimista pelo que acredito que irei recuperar totalmente
Ab
Regina
Hoje o meu neto Daniel ganhou o 1º Prémio no concurso Jugend Musiziert, que envolve alunos dos Colégios Alemães da Europa. Para o ano vai a Barcelona à etapa seguinte. Tocou uma sonata de Beethoven e outra de Dvorak com um amigo ao piano. Fiquei feliz. Ele toca com imenso sentimento e vibra muito. Bjo
EliminarAinda há pouco tempo um dos meus filhos se referiu à intervenção dele na apresentação de um dos meus livros. Era bem pequeno ainda e já se notava o envolvimento que ele tinha com a música.Parabéns para ele, para os pais.... e para a avó, obviamente
EliminarObrigada. Todos eles tocam, mas o Daniel tem um talento nato. O André é bailarino e cada vez está mais solto. Adoro vê-lo dançar. Tenho muita sorte.
EliminarBjinho