A
Semana da Ciência e da Tecnologia, em curso desde 1997, é
uma iniciativa da “ Ciência
Viva” - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Inclui sempre o dia 24 de Novembro- Dia Nacional da Cultura
Científica
O
Dia Nacional da Cultura Científica foi instituído em
1996 pelo
então
Ministro da Ciência e Tecnologia, José Mariano Gago, em homenagem a
Rómulo de Carvalho/António Gedeão, professor, divulgador de
ciência e poeta., nascido
a 24 de Novembro de 1906.
Infelizmente
já nenhum deles está fisicamente entre nós, mas ambos marcaram de
forma indelével o panorama cultural português.
A
ambos, o meu MUITO OBRIGADA.
Em
2012 foi atribuído
pela 1ª vez o
Grande Prémio Ciência Viva, prémio
que distingue
uma intervenção de mérito na divulgação científica e
tecnológica em Portugal.
Em
2013 foram instituídos mais dois prémios:
Prémio
Ciência Viva Montepio Educação- Distingue
um projecto de educação científica e promoção da cultura
científica e tecnológica realizado em escolas portuguesas.
Prémio
Ciência Viva Montepio Media-Distingue um trabalho de mérito
excepcional na divulgação da ciência e da tecnologia num órgão
de comunicação social português.
Todos
estes prémios têm o apoio do Montepio Geral e pretendem
contribuir para o reconhecimento e estímulo do esforço individual e
coletivo na promoção da cultura científica e tecnológica.
Neste
ano, a entrega dos prémio teve lugar no Porto, na galeria da
Biodiversidade.
Os premiados foram:
Carlos
Fiolhais-Grande Prémio Ciência Viva Montepio
Isabel P. Martins- Prémio Ciência Viva Montepio Educação
Isabel P. Martins- Prémio Ciência Viva Montepio Educação
Filomena
Naves e Teresa Firmino- Prémio Ciência Viva Montepio Media
A
entrega de cada prémio foi precedida de brevíssimas intervenções
( no máximo 3 min) sobre os premiados.
Começaram
por ser entregues os prémios às jornalistas Filomena
Naves e Teresa Firmino. Desta última leio, com alguma frequência, os
seus artigos no Públic . O último que li tem por título Um
extraterrestre visitou o nosso quintal e
pode ser lido aqui
As
duas kornalistas têm publicado alguns livros em conjunto, um deles
“Portugal a Quente e Frio” sobre o efeito das alterações
climáticas, nomeadamente em Portugal
Há
peixes tropicais a surgir na costa portuguesa. Há aves que deixaram
de migrar para África e passam cá o Inverno. As amendoeiras estão
a florir quase um mês mais cedo do que há 30 anos. Nas montanhas,
as árvores estão a trepar para fugir ao calor. Na ilha da Madeira,
os mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela chegaram, em
2004, e instalaram-se. Só não transmitem as doenças porque não
estão infectados com os vírus. Há muitas incógnitas sobre o rumo
que o clima do planeta tomará. Não se sabe onde está o ponto de
ruptura do equilíbrio climático. Em parte, vai depender de nós e
da maior ou menor quantidade de gases com efeito de estufa que
atirarmos lá para cima nas próximas décadas. A Europa será dos
continentes mais afectados e Portugal terá de enfrentar uma das
maiores subidas regionais da temperatura. Há quem diga que Lisboa
pode vir a ter a temperatura média actual de Rabat.
Na
entrega dos prémios seguiu-se Isabel Martins. Conheci Isabel Martins
como colega na orientação de estágios. Posteriormente e, como pode
ser lido aqui numa brevíssima resenha curricular, passa a dedicar-se, na
Universidade de Aveiro, à investigação em educação, particularmente à educação em química.
Foi
em Aveiro que voltei a encontrá-la, agora como professora, quando ali fiz
Mestrado.
Por
fim, foi a entrega do prémio ao Professor Fiolhais, desta vez pelo
Ministro da Ciência.
Como
referi anteriormente, a entrega de cada
prémio foi precedida de brevíssimas intervenções sobre os
premiados. A propósito da atribuição
Grande
Prémio Ciência Viva Montepio
ao Prof. Fiolhais, pediram-me para fazer uma dessas intervenções,
focando o seu papel de divulgador junto dos alunos nas escolas.
Tenho
o privilégio de conhecer o Professor há já vários anos pelo que
não me seria difícil falar desse seu papel, mas em tão pouco
tempo, ficou quase tudo por dizer...
O
seu poder de comunicação é notório pois vai, desde crianças do
pré-primário até alunos adultos.
É possível encontrar na Internet algumas dessas suas comunicações em escolas como por exemplo aqui e aqui.
É possível encontrar na Internet algumas dessas suas comunicações em escolas como por exemplo aqui e aqui.
No mesmo refere
que
ciência é liberdade, tal como poesia é liberdade.
E
cita
Gedeão em “Poema
do Alquimista” e Sophia ( Liberdade)
associando o nome da escritora ao belíssimo edifício onde a
cerimónia decorreu
“Eu
não sou o alquimista de Duesseldorf!
Eu
não quero tudo.
Eu
quero apenas,
Apenas
transmutar esta chatice em flores.”
António Gedeão
“Liberdade”:
“O
poema é
A liberdade
[Um poema não se programa
Porém a disciplina
— Sílaba por sílaba —
O acompanha
Sílaba por sílaba
O poema emerge
— Como se os deuses o dessem
O fazemos.”]
A liberdade
[Um poema não se programa
Porém a disciplina
— Sílaba por sílaba —
O acompanha
Sílaba por sílaba
O poema emerge
— Como se os deuses o dessem
O fazemos.”]
Ainda a propósito da Semana da
Ciência e da Tecnologia,, no dia 22 estive na escola Irene Lisboa
com alunos de 8º ano, distribuídos por duas sessões. A propósito
do meu livro Breve História da Química, conversámos e fiz algumas
atividades experimentais. Foi muito gratificante pois os alunos
mantiveram-se interessados durante todo o tempo.
Termino
esta mensagem com poemas de Gedeão e Sophia
Poema das coisas