A economia nacional vive um
"milagre económico", segundo António Pires de Lima
A que milagre económico se referirá pires de Lima?
Aos despedimentos,
cortes de salários e regalias/direitos do chamado Estado
Social ?
Ao “saque” aos aposentados que se
vêem espoliados pelo Estado que se comprometera a devolver o
investimento de uma vida de trabalho?
Aos milhares
de alunos que saem das universidades porque não têm como pagar as propinas,
enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho?
Ao número de novos emigrantes que supera qualquer outra leva de emigração
em Portugal?
À eliminação
de centros de saúde, estações de
correios finanças e tribunais em terras do interior?
À situação de
muitas crianças que têm que ir à escola
nas férias para ter pequeno- almoço e almoço e cujos pais, envergonhadamente, buscam
ajuda no banco alimentar contra a fome para
matar a fome dos seus filhos?
Ou será que o milagre económico tem
a ver com:
os carros
topo de gama que despudoradamente circulam nas estradas portuguesas,
a privatização de empresas altamente lucrativas
o número de assessores, de viaturas e motoristas destinados aos políticos
os geniais administradores que usufruem
vencimentos obscenos por "conseguirem " “administrar”
simultaneamente inúmeras empresas ?
A propósito deste milagre económico português recordo o “milagre
brasileiro” de Chico Buarque que podemos ouvir aqui na voz de Miúcha
Esta canção foi composta por Julinho da Adelaide , heterónimo de Chico Buarque (como já referi em mensagem anterior, usado durante alguns tempo
para driblar a censura) e sob o qual compôs ainda Acorda amor, cuja “história” podem ler aqui e Jorge Maravilha