Baumgartner ultrapassa velocidade do som em queda livre
Na ausência de resistência do ar o paraquedista levaria cerca de 1,5 min a atingir o solo com a velocidade de 900 m/s, cerca de 2,6 vezes superior à velocidade do som. Missão impossível !
Felizmente, mal o paraquedista inicia a queda com uma aceleração igual à aceleração da gravidade(g) , a resistência do ar, força vertical ascendente, proporcional ao quadrado da velocidade, começa a “atuar”. À medida que a velocidade do paraquedista aumenta com a queda, também a resistência do ar aumenta e como tal, a aceleração da queda vai-se tornando inferior a g.
Senão houvesse resistência do ar, ao fim de 4 min e 19 s em queda livre a velocidade atingida seria 2590 m/s. Mas graças à resistência do ar, não chegou a 400m/s, mesmo assim superior à velocidade do som.
A partir desse instante (4min 19s) abriu-se o paraquedas de Baumgartner. A resistência do ar tornou-se muito elevada e a aceleração de queda diminuiu ainda mais até se anular. A partir desse momento o movimento passou a ser uniforme.
O vídeo anexo ajuda a entender melhor o que se passa na queda, que realmente não é livre.
Mais dois vídeos sobre o funcionamento do paraquedas, um muito elementar, e o outro um pouco mais elaborado
Se em verdadeira queda livre o paraquedista se suspendesse dum dinamómetro, este indicaria um peso zero.
É fácil
constatar que assim seria. Basta que, dentro de um elevador, nos coloquemos em cima de uma balança (das
que usamos em nossas casas para nos “pesarmos”). Se olharmos para a balança
veremos que, no arranque da descida,
o valor indicado desce ligeiramente. Isto porque nesse momento existe uma
aceleração descendente (de valor muito inferior a g). Ver vídeos 1 e 2 que
apresentam de forma elementar o que acontece
num elevador.
É fácil agora de entender que se a
aceleração da descida fosse g, o valor indicado na balança seria zero.
E a
propósito da queda livre coloco aqui mais uma vez o poema para Galileu de
António Gedeão, desta vez na voz do autor
Obrigada Regina por mais esta lição que me proporcionou.
ResponderEliminarQuanto às razões do salto,oxalá elas possam permitir mais um avanço para a Ciência.
As que consegui encontrar, ou seja a propaganda à bebida energética Red Bull, essa não a posso aceitar.
Um beijo, Regina.