Sinfonia dissonante
Ei-lo,
uma esfera de gás incandescente
plasma de matéria quente, ionizada.
Ei-lo, o astro rei de morte anunciada.
A luz que hoje nos chega,
após oito minutos de viagem,
deixou retida, na voragem
de um silêncio denso e frio,
uma sinfonia dissonante
que eclodiu e ficou refém,
no mesmo instante,
da
imensidão de um cosmos feito de vazio.
Gouveia R. em Poemas no espaço - tempo (a
aguardar publicação)
Conforme o poema, a luz do sol demora 8 min a chegar à Terra. Viajando a luz a 300.000km/s é fácil estimar a distância a que se encontra a nossa estrela (8x60x300.000 = 144.000.000 km= 144.000.000.000 m).
Mas se quisermos usar de maior rigor diremos que da Terra ao Sol são 149.597.870.700 m, conforme poderemos ler em Ciência Hoje
Da Terra ao Sol são 149.597.870.700 metros . A distância que separa o nosso planeta da nossa estrela tem norma definitiva
A
distância entre a Terra e o Sol é um dos valores mais antigos da astronomia
Os astrónomos redefiniram uma das distâncias mais
importantes no Sistema Solar. A unidade astronómica (UA), a distância
aproximada entre a Terra e o Sol deixou de ser uma complicada equação para
converter-se num único número.
A nova norma foi aprovada em Agosto passado, por
unanimidade, na reunião da União Astronómica Internacional que se realizou em
Pequim. A unidade astronómica é agora de 149.597.870.700 metros.
A distância entre o nosso planeta e a nossa estrela é um
dos valores mais antigos da astronomia. A medição precisa foi realiza pela
primeira vez em 1672 pelo astrónomo Giovanni Cassini, que observou Marte desde
Paris, enquanto o seu colega Jean Richer fazia o mesmo na Guiana Francesa
(América do Sul).
A partir da diferença angular entre as observações,
calcularam a distância entre a Terra e Marte e utilizaram-na para encontrar a
distância da Terra ao Sol. O seu cálculo foi de 140 milhões de quilómetros,
número próximo do actual.
Até à segunda metade do século XX, este tipo de medições
era a única forma fiável de obter as distâncias no Sistema Solar. Recentemente,
a UA incorporou a constante gravitacional de Gauss, o que colocou problemas aos
cientistas que trabalhavam nos modelos do Sistema Solar.
Agora, a constante foi eliminada, já que as técnicas
modernas permitem medir directamente as distâncias com precisão. Graças aos
radares e láseres dos satélites, a alteração já podia ter sido feita há vários
anos, mas só agora os astrónomos estiveram de acordo entre si sobre a mudança.
A terminar , duas obras de Monet : o nascer e o pôr do Sol
Olá Regina
ResponderEliminarAntes de mais, o seu poema é muito bom.
Quanto à UA também li o artigo no Ciência Hoje.
Tenho lido vários artigos de vários astrónomos que dizem que o Vazio, afinal não é vazio.
A Ciência e a investigação todos os dias contribuem para ir desfazendo os mistérios do Universo.
Um beijo grande.
Obrigada Graciete.
ResponderEliminarO poema já é antigo e por isso o vazio em vez do "não vazio"
Um gd ab
Regina
Lembro-me do teu workshop sobre a velocidade da luz...
ResponderEliminarNao sei o que seria de nós sem sol.
Se há vazio ou não...não sei, mas não sinto nenhum vazio quando olho para o sol....
Bjp