Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


domingo, 28 de fevereiro de 2016

Centenário do Liceu Feminino do Porto

Já em tempos me referi aqui às comemorações do centenário do Liceu Feminino do Porto, que iria dar lugar ao Liceu, mais tarde Escola Carolina Michaëlis, hoje  inserido no Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis,
responsável pelas comemorações.

Ontem, dia 27, decorreu um almoço convívio de antigos alunos extensivo a professores e que juntou mais de trezentas pessoas.

Fui e levei comigo uma professora catedrática da Faculdade de Farmácia, já jubilada, ainda minha familiar. Foi aluna da escola no ano em que a mesma foi transferida para o recém construído Liceu, nos anos 50. Ali encontrou várias colegas desse tempo.
Mas havia pessoas bem mais idosas como duas senhoras ( 92 e 94 anos) que foram alunas ainda em instalações anteriores.




Às 12 h,  num momento musical muito bonito, atuaram Orquestra e Coro Mi Alegro da escola  EB 2,3 Maria Manuela Sá, dirigidos pela Maestrina Ana Seixas.
Ana Maria Seixas nasceu em 1961 em Balazar. Concluiu o Curso Superior de Canto no Conservatório de Música do Porto em 1981;simultaneamente cantou como soprano sob a direcção do maestro César Morais. Desde então, dirige o coro de Música Sacra da Capela de Nossa Senhora das Dores, na Póvoa de Varzim.
Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian frequentou cursos de música contemporânea. Gravou em estreia a obra de Jorge Peixinho “À Flor das Aguas Verdes” sob a direcção do maestro Mário Mateus.
Concluiu a Licenciatura de Educação Musical em 2000 e o Mestrado em 2002.
Profissionalmente exerce as funções de docência e coordenação do grupo de Educação Musical da EB 2,3 Mª Manuela Sá e é professora do ensino especializado de música nas disciplinas de Formação Musical e Classe de Conjunto no Conservatório de Música da Maia.
De há doze anos a esta parte dirige o coro de Professores da EB 2,3 Maria Manuela Sá e o Coro Allegro Cantabile desde a sua fundação em 2003. No ano 2000 funda a Orquestra MI ALEGRO que dirige.

Findo o concerto fui almoçar na cantina. O almoço decorreu entre as 12,30 e as 15, 30 pelo que não houve atropelos. 

Às 15, 30, novo evento musical- atuação da Orquestra Carolina Michaëlis. recém formada com alunos a partir do 9ºano.  







Enquanto aguardava a  hora deste evento passei pelas diferentes exposições e por algumas salas de convívio. Estas estavam organizadas por anos- de 30 a 70, no Auditório Grande e os demais por salas- 70, 80, 90, 00. Só estas três últimas me interessavam mas os alunos eram essencialmente de humanísticas, o que não impediu que tivéssemos conversado, até porque queriam saber de antigos professores. Alguns tinham sido meus colegas;muitos deles já estão aposentados, outros já partiram.

À atuação da orquestra  seguiu-se um tempo de tertúlia,  também aqui distribuído por dois espaços:
até 1970 no auditório grande e após 1970 no auditório pequeno. Pediram-me para fazer uma intervenção em jeito de testemunho. Fiz uma intervenção breve referindo-ma à minha vivência na escola desde 81 a 2006, com um ano sabático de interrupção, pelo meio.
Quando ali cheguei em 81, a escola era muito fechada a qualquer prática mais inovadora. Vinda do Alexandre Herculano, muitas vezes lamentei a mudança.
Ali, logo no meu ano de estágio, em 1969/1970, propus ao metodólogo, com quem muito aprendi, fazer uma aula de grupo. Disse-me: Faça, mas se correr mal a responsabilidade fica totalmente do seu lado.
Correu bem...A partir daí e nos anos que se seguiram fazia aulas de grupo com alguma frequência e ia utilizando estratégias cada vez mais diversificadas, sem sentir restrições  a essas práticas, até porque em 72 comecei a orientar estágio, o que me dava uma grande grau de liberdade.
Quando a minha boa amiga Dra Flávia Mota, à época no Conselho Diretivo da Escola, me propôs  ir para o Carolina, pus como condição a possibilidade de dispor de uma sala com mesas para poder fazer trabalho de grupo com os alunos, condição que foi aceite.
Quando precisei de dar o primeiro teste, e tal como fazia no Alexandre Herculano sem qualquer problema, pedi a uma colega a troca da sala por uma com carteiras. Respondeu-me com um ar irónico
Não quis uma sala com mesas? Agora aguente...
Alguns anos mais tarde a sala não seria impeditivo pois passei a elaborar testes diferentes, com possibilidade de consulta, para os quais de nada adiantava copiar pelo vizinho. Mas isso foi mais tarde quando a escola já tinha um grau de abertura diferente...
No  meu testemunho falei de uma  escola que progressivamente se foi abrindo à inovação, uma escola de que progressivamente fui aprendendo a gostar. No fim várias das pessoas presentes vieram ter comigo dizendo que tinha caraterizado muito bem bem a evolução da escola,

Finda a tertúlia tirámos uma foto de conjunto mas começou a chover e tivemos que "debandar",

Apenas encontrei três alunos e um estagiário que tinham manifestado a vontade de me reverem. Soube que o meu ex-aluno Luís Filipe Cunha andou à minha procura pois gostaria muito de estar comigo mas, com muita pena nossa, não nos encontrámos.

Quase a terminar não posso deixar de felicitar a Comissão Organizadora das comemorações deste Centenário. Sei também que outros elementos, não pertencentes à Comissão têm colaborado, dando o seu melhor.
Mal grado o desrespeito que a tutela e a sociedade têm vindo a mostrar para com os professores há, pelo país fora, muitos  professores que se empenham com entusiasmo nesta missão belíssima  de ser professor (veja-se o exemplo da maestrina citada no início)

E ao refletir sobre isto cito Luís Sepúlveda

“A sociedade uruguaia decidiu que o trabalho mais importante e que deve ser honrado e premiado, é o do professor. Foi proposta uma lei segundo a qual nenhum parlamentar do Uruguai, nenhum ministro, nem sequer o presidente, pode ter um salário superior ao de um professor primário. É um passo fundamental no caminho para a normalidade, para uma justa hierarquia dos valores: reconhecer o trabalho importantíssimo de uma categoria profissional que tem a missão de transmitir às novas gerações o conhecimento, a cultura, a tradição, todo um sistema de saberes”Luis Sepúlveda in Uma ideia de felicidade"


Termino deixando a indicação de sites onde podem encontrar referências ao centenário do Liceu Feminino





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A sílaba

A sílaba


Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba,
Uma única sílaba.
A salvação.

Foi com este poema de Eugénio de Andrade que a Dra Celeste Alves iniciou a apresentação do meu livro Quando o mel escorre nas searas, apresentação que decorreu, como aqui anunciara, na livraria Flâneur, um espaço muito agradável que abriu há relativamente pouco tempo, na minha rua.


Foi belíssima a apresentação, muito generosa relativamente à minha poesia, que por certo não merece tanto.


Quando os amigos me felicitaram no fim, fizeram-no em relação ao livro(o que eventualmente poderia ser um simples gesto de cortesia) mas também pela escolha da apresentadora.

Com a sua autorização transcrevo um excerto dessa apresentação


(...)A junção imprevista destas duas realidades – o mel a escorrer nas searas - força-nos, pela sua estranheza, a uma paragem. Na realidade, é com um olhar mais atento que penetramos em vários ambientes de tudo o que nos rodeia, especialmente na natureza. É sobretudo nela que a autora se compraz, dissecando vivências e memórias. Ex:
A primavera não tarda.
Um manto branco cobre a ladeira.
Flores de amendoeira,
Ledas´,
Leves,
Breves.
A primavera vai alta.
Uma capa de verde veludo
Cobre o amendruco
Doce,
Tenro,
Imberbe.
Pleno o verão
A capa de veludo muito coçada,
A amêndoa já grada.
Fruto
Adulto,
Maduro.
Oculto dentro da casca, o grão.

À semelhança de Eugénio de Andrade que busca uma sílaba, também aqui é de forma meticulosa que a autora se detém nas coisas, fazendo chegar até nós pormenores de toda a espécie. Como? Através de quadros, na maioria campestres donde emanam cores, cheiros e sons, e recordações – muitas recordações do passado… Memórias que se presentificam e agarram, talvez como forma de enfrentar a inelutável voragem do tempo

Estavam vários amigos, entre eles uma ex-aluna minha que é médica em Bragança, e uma amiga( ainda família embora afastada) que veio da aldeia. 
Alguns amigos levaram “outros amigos também”



O meu filho mais novo,bem com a família, não puderam estar: o José teve um torneio de basquete e a Marta teve uma festa de uma amiguinha. 
Mas estiveram o meu filho mais velho , a minha nora e os filhos.
No fim ofereceram-me um ramo de biscoitos, representando flores, obra da minha nora que, como hobbie, faz coisas muito giras na área de bolos, cup cakes, etc



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Fado de Coimbra

Na passada sexta feira fomos( eu, marido, um casal de primos)  ao 157º Jantar de Amizade UNICEPE, cujo programa incluía Fado de Coimbra, por elementos da Associação dos Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto. O jantar foi num restaurante  que eu não conhecia, Porto e Vírgula, bem perto da Unicepe.


Neste tipo de situações  aprecio mais os eventos ( e neste caso gosto  muito de fado de Coimbra) e o convívio do que a comida, mas esta  estava muito bem confecionada.
Não contei as pessoas mas seríamos à volta de 40. 
Findo o jantar deslocámo-nos até à Unicepe (felizmente nessa altura chovia pouco) onde, na sala decorrem muitas vezes exposições, assistimos á sessão de fados. Tirei uma foto com o telemóvel mas ficou muito fraca. Vêem-se, embora mal, dois quadros da exposição  ali  patente. Num dos fados, Samaritana, pediram-nos que acompanhássemos no refrão.  Apesar de rouca não resisti mas acho que teria sido melhor termos ficado calados a ouvi-los....


Deixo-vos com dois  dos trechos  ali cantados e tocados, nomeadamente a belíssima Balada de Coimbra de Carlos Paredes





Quando comecei a escrever esta mensagem recordei o Dr. Armando Carvalho Homem (ACH), meu saudoso orientador de estágio com quem muito aprendi, não só como estagiária em 1969/70 mas também como orientadora de estágio a partir de outubro de 1971 em que, por sua indicação, fui substituí-lo na orientação de estágio, enquanto ele ascendia a Metodólogo Itinerante, lugar que "partilhava" com Rómulo de Carvalho. Excelente professor, excelente orientador, tocava fado de Coimbra e fez algumas composições.

Ao pesquisar na NET encontrei aqui (http://guitarrasdecoimbra.blogspot.pt/2008/10/armando-de-carvalho-homem-1923-1991.html) umas notas biográficas escritas por um dos seus filhos, que seguiu as pisadas do pai, no campo musical. Deixo alguns excertos

(...) É assim que, nos restantes anos de Coimbra (até 1948), ACH elabora as suas «Variações em ré menor» e «em lá menor», a «Valsa em lá menor n.º 1» e a «Miscelânea em Lá» (arranjo, sobre temas de Artur Paredes e João Bagão)(...)
Mas a vida prática fazia entretanto valer os seus direitos: licenciado na época de Outubro de 1945, ACH já não pôde ingressar de imediato no Estágio Pedagógico. 1945/46 será assim ano de ensino num Colégio particular, na Régua(...)  1946/47 e 1947/48 serão tempos de regresso a Coimbra, estagiário no Liceu Normal D. João III, aluno de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras. Concluído o Exame de Estado, atinge a situação de agregado do 7.º Grupo dos Liceus (1948), é colocado no Liceu Passos Manuel e,  meses depois, como resultado do concurso para professor auxiliar, é transferido para o Liceu Alexandre Herculano  e aí permanecerá até ao termo de 1948/49. Em 1949/50 inicia funções no Liceu Nacional de Viseu 
Os tempos de Viseu permitirão alguma continuidade das lides guitarrísticas (...) cria-se a Associação dos Antigos Alunos do Liceu Nacional de Viseu, de que é um dos fundadores e membro dos primeiros Corpos Gerentes; e nos seus anos de arranque a novel colectividade realiza regularmente saraus académicos; ACH está logicamente na linha da frente para os indispensáveis «Fados e Guitarradas de Coimbra" ....
 Os anos de 1956/57 e de 57/58 serão de total paragem musical. Colocado em Ponta Delgada no primeiro daqueles anos (e ascendendo então a professor efectivo dos Liceus, 7.º Grupo), na viagem de barco para os Açores, um acidente destruiu a guitarra (obra do construtor RAUL SIMÕES), tornando musicalmente infrutífero o reencontro açoreano com Eduardo Tavares de Melo(...)
Braga, onde ensinou no ano subsequente, não foi ainda o lugar nem o momento de remediar o desastre.
O Porto, para onde se transferiu em 1958 (novamente para o Liceu Alexandre Herculano onde ensinou até à reforma), seria a urbe do renascer dos dedos: em princípios de 1959 adquiriu uma nova guitarra na CASA DUARTE ; o instrumento acabou por revelar-se dos melhores que daqueles construtores (há muito desactivados) algum dia saíram, isto segundo testemunhos múltiplos(...)
E foi o paulatino retomar da execução, na solidão do seu escritório pessoal. Só nos Verões de 1963 a 1965, de férias em Espinho, voltou a ter algum contacto mínimo com outros instrumentistas e cantores, no âmbito das confraternizações de final de Agosto que alguns espinhenses ilustres  organizavam no termo do mês de Agosto(...)
E não mais do que isso: raros continuaram a ser os contactos musicais exteriores de ACH. Até porque, estudantilmente, a conjuntura post-1969 (e, concretamente no Porto, post-1971) pouco ou nada motivava. E profissionalmente ACH tornara-se orientador de Estágios (1969-1976) e mais tarde (1975-1978) Vice-Presidente do Conselho Directivo da sua Escola; e ainda em 1980-1982 integraria uma Comissão para a Revisão dos Programas de Física, nomeada pelo ministro Vítor Crespo. A timidez e a natural discrição em tudo quanto à sua arte dizia respeito faziam o resto…
Musicalmente, algo entretanto iria mudar, mas apenas a partir de 1977. A esse tempo, a sensação de que algo estava a querer renascer levava, aqui e além, ao reflorescimento de pequenas tertúlias (...)
ACH recebeu com entusiasmo a notícia da realização do 1.º Seminário sobre o Fado de Coimbra, em Maio de 1978. Entusiasticamente lá compareceu (...)
Foi na sequência deste Seminário que compôs as suas «Variações em mimenor» que podem ser ouvidas aqui (https://vimeo.com/7133062), na base da alternância tónica/dominante (começo e fim em Sol M, desenvolvimento central em mi m, segundo o ‘paradigma’ da peça de Artur Paredes no mesmo tom); surgirá também a «Valsa em lá menor n.º 2» ; a veia criadora, inactiva desde os anos 40, ressurgia(...)

Os acasos de um destino irão porventura conferir uma notoriedade musical póstuma a quem, dos anos 50 aos 80, essencialmente procurou ser um competente profissional do ensino da Física e da Química a jovens estudantes liceais 





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Convite

Falta pouco mais de uma semana para a apresentação, no Porto,  do meu novo livro  Quando o mel escorre  nas searas. Será no sábado, dia 20, às 17 horas, na Livraria Flâneur , (http://www.flaneur.pt/sobre/ )um espaço muito acolhedor que abriu,  há pouco tempo,  no 225-229 da minha rua- Rua Ribeiro de Sousa. Aqui fica o convite




Do livro deixo a imagem da capa e dois poemas



Ano após ano,
o mel escorre nas planícies.
Cobre o verde das searas,
que ressurge em cada primavera,
florescente e breve.
Van Gogh imortalizou-as
em perenes pinceladas.
Nas searas de Vang Gogh
o verão será eterno,
sem lugar ao render das estações.




Museu Hermitage.
Em tons rosados,
bailarinas desnudas
dançam, frenéticas,
por entre verde e azul.
Da tela de Matisse
desprendem-se acordes de Stravinsky.


Termino com um excerto Sagração da Primavera de Stravinsky por Pina Bausch

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Felicidade...


Está patente ao público, na Galeria Municipal Almeida Garrett, no Porto, desde 05 de dezembro de 2015, a exposição "A Felicidade em Júlio Pomar" que terminará a 21 deste mês.



Pode ler-se no folheto  que a exposição se  divide em quatro núcleos: “os mitos e as figuras alegóricas; a articulação entre os corpos e o seu erotismo; o movimento e a presença constante de animais, em particular de cavalos; e um conjunto especial que se reporta direta e indiretamente aos posicionamentos políticos e as lutas travadas por este artista ao longo da sua carreira, incluindo o episódio que envolve o Cinema Batalha”.

Outros trechos  do folheto:




A convicção de que muitas pessoas infelizes poderiam tornar-se felizes graças a um esforço bem dirigido, levou Bertrand Russell a escrever o livro A conquista da felicidade.


Hoje passei pela exposição. Gostei imenso ; podia fotografar-se, desde que sem flash . Deixo duas fotos tiradas com o meu celular.



Pegando no termo felicidade, creio que a felicidade completa é uma utopia. Poderá alguém ser completamente feliz num mundo onde há tanta injustiça, sofrimento, dor,…?
Genericamente considero-me feliz, uma vez que me sinto privilegiada pois tenho saúde, uma família em que os afetos desempenham um papel primordial, não tenho problemas de maior…. Considero também que me ajuda uma certa filosofia de vida “valorizar os momentos bons e tentar subestimar os maus”.
Ora hoje foi um dia cheio de momentos bons. Dois dos meus netos dormiram em minha casa ( ao fim de semana acontece com alguma frequência, mas durante a semana, não).
Pus o despertador para as 7,30 mas às 7,20 fui acordada pela mais pequenina. Hoje era o dia do Cortejo de Carnaval no Infantário e ela estava um pouco excitada com a sua fantasia de “Sininho”. Fomos tomar o pequeno almoço, aguardando a hora de acordar o irmão. Logo que este acordou arranjou-se e foi tomar o seu pequeno almoço, que já estava preparado na cozinha. Entretanto fui vestir a fantasia à Marta.
Às 8h chegou o pai para os levar: para a escola o José, para o infantário, a Marta.
O cortejo deveria iniciar-se às 10h. Cheguei ao portão da escola por volta dessa hora mas o cortejo só saiu por volta das 10, 20.
Acompanhei-o até ao fim, de mão dada com a minha neta, pois uma das educadoras sugeriu que os familiares que acompanhavam as crianças mais novas, dessem esse apoio. Ela ia feliz .

Estando na zona da Boavista aproveitei para passar pela Biblioteca Almeida Garrett para ver a exposição acima referida. De seguida, e como precisava de ir buscar uns livros que me tinham deixado na Unicepe, fui lá.
A Unicepe foi fundada em 1963
Quando aluna universitária ia ali com alguma frequência pois ficava ( e fica ainda) mesmo em frente ao edifício da Reitoria, onde na altura funcionava a Faculdade de Ciências. Já há muitos anos que ali não ia. Foi muito agradável a conversa que tive com o Dr. Rui Vaz Pinto, conversa que se centrou em torno de um tema grato a ambos-a poesia 

A caminho da Unicepe recebi um telefonema da Tubitek avisando-me da chegada de um disco que tinha encomendado. Trata-se de um disco de Juliette Gréco que entre outras canções contém sous le ciel de Paris

https://www.youtube.com/watch?v=fNBO0pYyKKI



Tentei comprar qualquer disco da cantora e pesquisei na NET. Na FNAC on-line havia vários mas, quando me dirigi a Santa Catarina, o empregado, pouco simpático, disse-me que estar on-line não significava existir nas lojas (o que é óbvio) mas não fez o mínimo esforço para mo arranjar dizendo que nunca chegaria antes de um mês. Dirigi-me então à Tubitek e o atendimento foi totalmente diferente. O senhor, na minha presença, fez uma série de telefonemas e conseguiu que o disco chegasse a tempo (precisava dele para uma oferta de aniversário, amanhã).

Logo que saí da Unicepe fui buscar o disco. Ao passar por uma sapataria onde gosto de comprar, encontrei em saldo, por 35 euros (60% de desconto), uns botins muito confortáveis, tamanho único, precisamente o nº 35...

O dia a correr tão bem…. 
Saída da Tubitek, fui para a paragem de autocarro em frente, esperar o 302. Ando muito pouco de autocarro mas como transportava uma saca com livros, muito pesada, não arrisquei  fazer o percurso para casa a pé. Das poucas vezes que naquela paragem esperei o 302, demorou sempre cerca de 40 min (embora esteja prevista a passagem de 12 em 12 min…). Parecia estar mesmo em maré de sorte... Passados 15 min chegou, mas só ia até à Boavista….Ali, apanharia o 402, que também anuncia passagens de 12 em 12 minutos. Mas os 12 minutos converteram-se em mais de 30… As pessoas desesperavam mas, felizmente, eu não tinha horários a cumprir.
Tinha deixado o almoço pronto. Da paragem liguei para casa avisando que não fazia ideia da hora a que iria chegar. Cheguei a casa eram quase 14 h, o meu marido estava a acabar de almoçar.

Um pequeno contratempo, comparado com o resto do dia.

Termino com “Felicidade” de Tom Jobim

https://www.youtube.com/watch?v=M85YonmYwfk



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

No próximo dia 6...

No próximo dia 6, a banda Proud Creedence, de que o meu filho Nuno faz parte, vaia atuar no Mary Sopt Vintage, em Matosinhos. O concerto está marcado para as 23,30 h.



Trata-se de uma banda  tributo aos Creedence Clearwater Revival,  banda americana do início dos anos 70  cujas  músicas mais conhecidas são Proud Mary ou Have you ever seen the rain. 




Aqui poderão ouvir alguns trechos da banda

Mary Sopt Vintage fica na Rua Ló Ferreira , 125 muito  perto da Câmara de Matosinhos