quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
O melhor do mundo são as crianças....
O melhor do mundo são as crianças....
Bastaram 10 minutos de "independência" ( e algum descuido...) para que a minha neta Marta
(4 anos) organizasse a sala para uma festa imaginária....
E a propósito da lógica infantil, deixo um vídeo "delicioso" que creio já ter "postado" aqui
sábado, 21 de fevereiro de 2015
O mar...
Tem-me faltado tempo e também alguma
disposição para escrever. Em compensação, tenho lido a um ritmo maior do que
ultimamente tenho conseguido. Estou a reler poesia (desta vez Albano Martins, Eugénio de
Andrade, Casimiro de Brito e Ana Luísa Amaral) e a ler um livro novo(para mim). É de Patrick Modiano e tem por título “Na
rua das lojas escuras”. Patrick Modiano, Nobel em 2014, ganhou o o Prémio Goncourt, em 1978, com o livro que estou a ler
Aos sábados geralmente junto toda a família
ao almoço, mas o meu filho mais velho e família, no carnaval, aproveitam para
fazer uma semana de férias na neve pelo que só regressam amanhã à tarde. O mais novo e família virão almoçar amanhã para ainda nos podermos encontrar todos .
Aproveitando o sábado ”livre” fomos almoçar
à praia dos ingleses, onde vamos com relativa frequência (bem menor do que
aquela que eu gostaria mas o meu marido gosta pouco de sair...).
A luz intensa, o céu azul, o mar soberbo.
As
ondas batiam no paredão e “pulavam “ por
cima do mesmo.
Ao fundo um barco de pesca, pequeno, enfrentava a ondulação.
Ao fundo um barco de pesca, pequeno, enfrentava a ondulação.
Levei comigo “Eugénio de Andrade”. O seu poema Mar de Setembro a descrever o mar de Fevereiro que ali se me ofertava
Mar de Setembro
Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
Fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.
Ao nosso lado estava um casal de ingleses.
E a propósito de ingleses, vou contar um episódio que ocorreu na 5ª feira e que me fez bem ao ego...
Como é habitual, à quinta feira de manhã faço
voluntariado no Hospital de Santo António, onde conjuntamente com um “colega”, orientamos as
pessoas que entram pelo edifício “novo “ e pretendem dirigir-se a diferentes consultas.
As pessoas dirigem-se ao funcionário e, se o local da consulta é de acesso complicado ou se o doente tem dificuldades
de qualquer ordem (idade avançada, vem de uma zona rural distante, é analfabeto
ou quase, etc), nós ajudamo-lo a chegar ao local.
A certa altura o funcionário dirige-se a
mim e pergunta: A senhora fala inglês?
Creio já ter referido aqui que tenho bastante facilidade em
falar e entender as línguas latinas mas não se passa o mesmo relativamente à
língua inglesa, que vou lendo, mas tenho dificuldade em falar e mais ainda em
entender.
Tratava-se de um senhor escocês. Disse-lhe
da minha dificuldade e pedi-lhe que falasse devagar para eu tentar entendê-lo.
O senhor assim fez e conversámos muito bem durante o percurso que tivemos que
fazer para chegarmos ao local onde a esposa, inglesa, se tinha dirigido para uma
consulta.
Perguntei se eram turistas e fiquei a saber
que vivem há 6 anos em Portugal,
nomeadamente em Amarante e que adoram viver cá. Mas o mais interessante é que o
pai, com 92 anos, vive também em Amarante no mesmo prédio porque, quando veio
visitá-los pela primeira vez, gostou tanto de Portugal que adquiriu um apartamento
junto do filho.
Quando nos despedimos comentou:
Disse
que não sabe falar inglês mas eu gostaria de saber falar português tão bem como
a senhora fala inglês.
Em
terra de cegos quem tem um olho é rei,
diz o ditado. Mesmo assim, foi bom para o meu ego.
Regressando ao mar....
Deixo duas obras musicais sobre o mar, o 2º andamento de La mer de Debussy e O Mar de
Dorival Caymmi que tantas vezes ouvi cantar a minha mãe
Deixo também a obra Ondas de Turner, talvez o pintor que mais pintou o mar
Si hay un sentido constante en las acuarelas de Turner (y también en su pintura al óleo) creo que es el ofrecer a la mirada cielo y mar, arriba y abajo, enlazados en una unidad cósmica. Por ejemplo, mediante el arcoiris, tendido como un gran puente simbólico. O con una serie de pinceladas, de gestos que borran violentamente la línea del horizonte: una ola encrespada que sube hasta el cielo o, a la inversa, una nube que descarga una lluvia furiosa. A veces la unidad total se consigue, paradójicamente, con una perfecta estabilidad, mostrando cielo y mar como dos aspectos paralelos de la misma sustancia, como dos mitades iguales del espacio vacío.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Por terras do Marão
Na passada sexta feira estive em Vila Real num dos Agrupamentos de Escolas do
1º ciclo. a fim de “explorar”
o livro Ciência para meninos em poemas pequeninos, agora em 3ª edição,
desta vez com a chancela Porto Editora(PE).
Às
8, 40, com a pontualidade que lhe é habitual,
estava à minha porta um colaborador da PE. Lá fomos. Aguardava-nos um
dia frio mas o Sol fez-nos companhia e o
vento deve ter adormecido....
À nossa espera estavam dois professores
também colaboradores da PE ( neste
momento não dão aulas) e que eu já conhecia de sessões anteriores.
Não sei ao certo com quantas crianças
estive, sei apenas que eram do 3º e do 4º ano.
Estavam programadas 4 sessões ao longo do dia
mas, ao chegar, informaram-me que iam ser apenas duas, de manhã.
Logo na primeira sessão, o auditório, muito
pequeno, encheu-se por completo e ainda deveriam entrar mais crianças. Gerou-se
uma certa confusão, saíram umas turmas, entraram outras pelo que a sessão não
começou à hora prevista.. Eu teria apenas 30 min para estar com aquelas crianças.
Fiz o melhor que pude, li à pressa alguns
poemas (com tempo, teriam sido os alunos a ler) e reduzi o número de
experiências. Mas não houve tempo para conversar com os miúdos.
Logo a seguir entrou outro grupo idêntico, em
número, e novamente a confusão de lugares.
Uma professora, não sei se a própria bibliotecária, sugeriu
então que duas turmas passassem para uma outra sessão, à tarde. Uma das turmas
já tinha sido “desalojada “na sessão anterior mas o professor acedeu a mais uma mudança; na outra
turma, havia atividades já programadas para a tarde, mas a professora acabou
por ceder.
Mais uma vez houve um atraso no início da sessão,
mas pude dispor de um pouco mais de tempo pelo que os alunos já puderam
intervir.
Fomos almoçar (os três colaboradores da PE
e eu). Quando saía, alguns alunos da 1ª sessão vieram ter comigo, com um ar um
pouco desconsolado: Nem tivemos tempo de falar consigo...
À tarde tudo correu muito melhor. Apenas
duas turmas.
Houve tempo para experiências, para
intervenções dos alunos (alguns muito vivos e empenhados). No fim dois alunos
foram ler poemas. Um leu o poema Poesia e o outro leu o Inventor
Este último poema foi lido pelo João, um
menino muito empenhado, sempre com o dedito no ar para poder intervir. Começou
por esclarecer que, embora parecido com o seu homónimo no poema, ele não é
trapalhão.
E assim passei mais um dia muito agradável
na companhia das crianças.
Quando cheguei ao Porto senti muito frio. O
vento soprava de Norte....
E por associação de ideias, veio-me à memória a canção My bonnie, que por vezes cantávamos nas aulas de Inglês, nos meus tempos de Liceu. Na canção o vento sopra do Oceano...
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