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Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


sábado, 6 de outubro de 2012

A química do sal



Quando pensamos nos compostos químicos que contribuem para o bem-estar da humanidade, raramente nos lembramos do cloreto de sódio… o vulgar “sal de cozinha”. Na verdade, o sal é um dos compostos químicos há mais tempo utilizado pelo Homem pela sua capacidade para conservar alimentos, o que o tornou numa mercadoria de elevado valor.
De facto, a conservação dos alimentos pelo sal é uma das bases da nossa civilização, pois permitiu libertar o homem da dependência sazonal dos alimentos e armazenar durante o verão as reservas alimentares para o inverno.
 

Este é um excerto do texto A química do salcolocado no blog  Uma química irresistível, um dos que incluo nos meus favoritos

E a propósito deste texto, regressei ao tempo em que na adega da minha casa na aldeia havia uma salgadeira .

Hoje em dia, existem arcas frigoríficas, mas antigamente quando se matava o porco em casa, parte da carne era guardada em salgadeiras, que mais não eram do que arcas de madeira que se enchiam de sal!


E porque estamos a falar de sal (quimicamente cloreto de sódio) incluo uma imagem de salinas e o poema lágrima de preta de António Gedeão na voz de Adriano Correia de Olveira   



Lágrima de preta
Encontrei uma preta
Que estava a chorar
Pedi-lhe uma lágrima
Para analisar.
Recolhi a lágrima
Com todo o cuidado
Num tubo de ensaio
Bem esterilizado.

Olhei-a de um lado
Do outro e de frente
Tinha um ar de gota
Muito transparente.

Mandei vir os ácidos
As bases e os sais
As drogas usadas
Em casos que tais.

Ensaiei a frio
Experimentei ao lume
De todas as vezes
Deu-me o que é costume.

Nem sinais de negro
Nem vestígios de ódio
Água quase tudo
E cloreto de sódio.

3 comentários:

  1. Obrigada Regina por ter falado no blog "Uma Química Irresistível".
    Também vou incluí-lo nos meus favoritos.

    Um beijo.

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  2. É o poema mais belo que conheço...

    E o sal, não consigo passar sem ele.
    Para mal dos meus pecados.
    Abraço

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  3. Segundo me disse a Drª Natália Nunes, viúva de Rómulo de Carvalho, este não gostava muito deste poema mas eu também o acho muito bonito embora goste mais de muitos outros da autoria de Gedeão.
    Quanto ao blog acho-o muito interessante
    Ab para as duas
    Regina

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