Bem-vindo, bienvenido, bienvenu, benvenuto, welcome....


Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mais uma mensagem ao PM



Nevoeiro, de Fernando Pessoa (Mensagem para Passos Coelho)

É este o título de mais uma mensagem ao PM, colocada por Deana Barroqueiro 

Depois da mensagem do primeiro ministro a anunciar medidas que vão criar mais pobreza para os velhos e os trabalhadores e mais riqueza para os ricos e intocáveis, deixo-vos esta outra Mensagem premonitória de um poeta desassossegado, na voz de Gal Costa.

Imersos num país de Nevoeiro de que nem o sol glorioso logra libertar-nos, assistimos impotentes à nossa destruição, levada a cabo por governantes incompetentes que juraram proteger-nos. Onde está a prometida equidade, que me faria aceitar os sacrifícios insuportáveis que nos pedem, quando vejo que os que mais podiam contribuir para a crise, são os que menos pagam e mais recebem, graças a um rol de medidas de excepção que lhes são oferecidas?

Estou a atingir o ponto de saturação, com esta política de extorsão, desigualdade de sacrifícios e de falta de horizontes. Estão a destruir o tecido social do país, borrifando-se para a democracia e os direitos do indivíduo. Não foram tanto os gastos das pessoas, mas as más políticas, a corrupção, jogos de influências e compadrios dos partidos que alternaram no Governo que puseram o país neste estado.


Portugal... é Hora!

O poema, na voz de Gal Costa

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer ―
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro…
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

É a Hora!

Fernando Pessoa, Mensagem


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