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Silêncio cósmico

Pudera eu regressar ao silêncio infinito,

ao cosmos de onde vim.

No espaço interestelar, vazio, negro, frio,

havia de soltar um grito bem profundo

e assim exorcizar todas as dores do mundo.

Regina Gouveia

NOVO BLOGUE

Retomei o blogue que já não usava há anos.

https://reflexoeseinterferncias.blogspot.com/

Dedico-o essencialmente aos mais novos mas todos serão bem vindos, muito em particular pais, avós, encarregados de educação, educadores ...


terça-feira, 26 de junho de 2012

Quando se apagam as cerejeiras

Quando se apagam as cerejeiras é o título de um livro de poemas da autoria de Luís Serrano. O livro , com ilustrações de Carlos dos Reis, foi  apresentado no passado dia 23, na galeria Porto Oriental


“Quando se Apagam as Cerejeiras”, título do mais recente livro de poesia de Luís Serrano – e que com ele se celebram 50 anos de vida literária do autor – é uma belíssima metáfora cuja amplitude reflecte um discurso que, na sua globalidade, aflora sobretudo acentos crepusculares. Não é, pois, por acaso que este corpo textual se constrói a partir de elegias a poetas que marcaram o nosso tempo (Manuel Amaral, Eugénio de Andrade, Fernando Assis Pacheco, com explícitas referências a Rilke, por exemplo) ou da representação de obras artísticas, com predilecção pela pintura ou escultura mas  na maior parte dos casos pela música, de que o requiem constitui composição privilegiada pelas emoções que alguns exemplos ilustres não podem deixar de transmitir, tornando-se assim matéria de poesia. 

Para além do anteriormente referido, também o cinema emerge em alguns poemas, como por exemplo em  em "O vale Abraão, de Manoel de Oliveira"   ou  "O sabor da cereja, de Abbas Kiarostami" que "inspirou" o título do livro.


Após a apresentação, a que se seguiu um Porto de honra, aproveitei para ver a exposição "A preto e branco " de Carlos Reis (ilustrador do livro)  que pode ser vista até 30 de Junho.

Conheci Carlos Reis em 1969 (eu  leccionava  então no Sá de Miranda em Braga); não tornara a falar com ele nem mesmo quando foi professor de Desenho do meu filho Nuno (no seu 12º ano)  que no 10º e 11º ano teve como professora Luísa Gonçalves, mulher de Carlos Reis e com quem nunca tinha falado embora tenha visto já algumas  exposições quer de um quer de outro.

E já que falo de exposições, aproveito para referir que na minha visita à Fábrica Social , Fundação José Rodrigues, para além das cascatas, pude ver a "Exposição de Gravura - A Oficina, a Técnica e o Impressor" de Tomás Dias . A exposição que consta de  gravuras de vários artistas, alguns muito consagrados outros menos pode ser vista até ao próximo dia 30.

2 comentários:

  1. Também já fui à Fábrica Social, não este ano, mas como não sabia bem onde era, resolvi ir a pé . Apanhei um calor e um cansaço terríveis mas gostei.
    Não conheço o livro mas fica a ideia porque ainda há dias andei à procura de uma novidade para oferecer e não encontrei. Também posso não ter procurado muito.

    Um beijo.

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  2. Mais uma vez Regina
    Tenho tenrado enviar-lhe um mail, mas recebo sempre uma indicação de que ele não é recebido. Terei o endereço errado?
    Ontem ouvi o Professor Francisco(?) Carvalho, filho de Rómulo de Carvalho,num debate sobre a Paz ,e fiquei encantada com a fluência dele e tudo quanto disse. Gostava de partilhar consigo a alegria que senti por ver como o génio se transmitiu. Num mail diria mais coisas. Aqui o espaço é mais limitado, mas não consigo.

    Mais um beijo.

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